Dólar e Ibovespa recuam com serviços e condenação de Bolsonaro em foco Investidores monitoram agora eventuais novas medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil
O dólar e o Ibovespa recuavam nesta sexta-feira (12), enquanto investidores monitoram eventuais novas medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O mercado também analisa a divulgação do volume do setor de serviços pelo IBGE.
Às 10h49, o dólar à vista tinha queda de 0,14%, a R$ 5,3823 a venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 0,36%, a 142.633,21 pontos.
Na véspera, o dólar à vista havia fechado em baixa de 0,30%, aos R$ 5,3911, após dados de inflação e do mercado de trabalho americanos manterem a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
Nesta sexta, o dólar se recuperava ante outras divisas no exterior, em paralelo ao avanço firme dos rendimentos dos Treasuries, mas no Brasil as cotações perderam força e viraram para o negativo, mantendo-se abaixo dos R$ 5,40.
Em comentário enviado a clientes, o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, pontuou que "a região de R$ 5,40 tem se mostrado resistente, embora o modelo aponte chance de queda em direção a R$ 5,30".
Para os exportadores – interessados na venda da moeda norte-americana pelos maiores preços –, Faria Júnior destaca um "claro aumento do risco do dólar continuar caindo".
O cenário, no entanto, ainda é de apreensão. Finalizado na véspera o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, investidores monitoram agora eventuais novas medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil.
Às 10h30, o Banco Central fez dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de revenda) com oferta total de US$ 1 bilhão, para rolagem do vencimento de 2 de outubro.
Às 11h30 o BC realiza leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.