O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, Emanuelzinho, (MDB) criticou duramente o Governo de Mato Grosso após o secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, afirmar que as forças de segurança do Estado estão à disposição do Rio de Janeiro para apoiar a megaoperação contra o crime organizado.
Em vídeo publicado nas redes sociais nessa quinta-feira (30.10), Emanuelzinho classificou a decisão como uma “palhaçada” e acusou o governo Mauro Mendes (União) de usar a pauta da segurança pública com fins eleitorais.
“Pessoal, isso aqui é uma palhaçada. O governo de Mato Grosso só pode estar de brincadeira. Em Mato Grosso, nós não repomos nem 50% do efetivo dos policiais. Eles estão desvalorizados, o governador não chama os concursados e está inventando de criar polícia temporária para não garantir os direitos da categoria”, afirmou o parlamentar.
O deputado também destacou o aumento da violência e o alto índice de feminicídios no Estado. “Tem mulher sendo morta todo dia em Mato Grosso. Nós somos líderes em feminicídio. E agora o governador, porque está chegando campanha, quer usar a polícia como trampolim político. Não podemos aceitar isso”, disse.
Emanuelzinho defendeu a valorização das corporações e o fortalecimento da segurança local. “É importante que a gente pressione o governador para garantir os direitos e valorizar a polícia, para que a gente proteja os mato-grossenses e pare com essa politicagem”, completou.
Mais cedo, em entrevista à imprensa, o secretário César Roveri havia informado que o governador Mauro Mendes entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), colocando à disposição as forças especiais de Mato Grosso — como o Grupo de Operações Especiais (GOE), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) — para atuar em apoio às operações fluminenses.
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Ainda na quinta-feira, Mauro Mendes negou ter recebido qualquer solicitação formal para envio de efetivo e afirmou que a possibilidade foi apenas cogitada entre governadores, mas que não há necessidade de ação concreta até o momento.
“Até agora não foi solicitada ajuda. Vamos avaliar se houver necessidade. Essa hipótese foi cogitada no grupo dos governadores, mas pelo que estou percebendo pelas notícias, não há essa necessidade. Então, ponto final”, declarou Mendes.
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