R$ 1 bilhão em prejuízo: PF destrói 277 dragas em garimpos ilegais no AM Operação durou 15 dias e termina nesta quarta-feira (24) ao longo do Rio Madeira
A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira (24) a Operação Boiúna, voltada ao combate à mineração ilegal de ouro no leito do Rio Madeira, no Amazonas. A ação começou no dia 10 e destruiu 277 dragas utilizadas no garimpo ilegal na região.
Com esses equipamentos utilizados na extração ilegal de ouro destruídos, a PF estima prejuízo direto de R$ 38 milhões às estruturas criminosas conforme constatado por laudos periciais técnicos.
E um impacto consolidado de R$ 1.086.274.933,20 (um bilhão, oitenta e seis milhões, duzentos e setenta e quatro mil, novecentos e trinta e três reais e vinte centavos) ao crime organizado, considerando:
- Prejuízo patrimonial com a destruição dos equipamentos;
- Valor do ouro extraído ilegalmente nos últimos sete meses;
- Danos socioambientais acumulados na região;
- Lucros cessantes estimados pela interrupção da atividade ilegal.
O cálculo é feito com base nos levantamentos técnicos, perícias criminais e cálculos oficiais de impacto econômico e ambiental.
A operação foi realizada sob coordenação do recém-inaugurado Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), e contou com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e CENSIPAM

Análise de DNA
Além das ações repressivas, a operação incluiu medidas sociais e ambientais. Em 18 de setembro, equipes da Polícia Federal visitaram a comunidade ribeirinha de Democracia, em Manicoré, e coletou amostras de cabelo, água e material biológico para análise do impacto do mercúrio sobre a saúde das populações expostas.
Levantamento recente do Greenpeace Brasil identificou mais de 500 balsas de garimpo ilegal operando no Rio Madeira, inclusive em áreas próximas a unidades de conservação e terras indígenas. A região é mapeada pela PF também com uso de drones.