Prefeitura não deve alcançar meta prevista em LOA

Global News Space 20/10/2025 15:04

A gestão do prefeito Abilio Brunini (PL) já alcançou 3.305 bilhões em arrecadação própria nos primeiros nove meses de sua gestão. Apesar dos números serem maiores em R$ 300 milhões do que foi arrecadado no mesmo período de 2024, a previsão é que haja uma frustração de receita de até meio bilhão em 2025. Isso porque o Orçamento aprovado pela gestão Emanuel Pinheiro (MDB) para este ano foi de R$ 5.4 bilhões, sendo que R$ 4.507 bilhões seriam de arrecadação própria do município, ou seja, sem as transferências da União e do Estado.


Isso significa que a capital mato-grossense precisará arrecadar R$ 1.201.749.466,84 para conseguir cumprir o orçamento deste ano. A reportagem conversou que membros da equipe econômica de Abilio, que avaliam que a frustração de receita poderá ficar em meio bilhão de reais.



‘Pelos nossos cálculos e vendo como os números estão se comportando, a previsão é que chegamos em arrecadação em torno em R$ 4.9 bilhões, ou seja, abaixo dos R$ 5.4 bilhões aprovados pela gestão passada de maneira irresponsável’, disse um adjunto sob a condição de anonimato.


As medidas que foram adotadas até o momento pela administração, como o decreto de calamidade nos primeiros 6 meses do ano, ainda são insuficientes para evitar a frustração de receita. Tanto que o prefeito já anunciou que a previsão para 2026 será também encerrar o ano com um déficit estimado em R$ 364 milhões, sendo R$ 120 milhões apenas na saúde. E um novo decreto de calamidade financeira vem sendo analisado.


A gestão Abilio Brunini (PL) vem reclamando da LOA de 2025 desde que venceu as eleições do ano passado. Na época, o ex -prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) chegou a retirar a LOA de tramitação na Câmara de Vereadores para que a equipe de transição pudesse analisá-la e até sugerir modificações. Isso porque a equipe de transição avaliava que orçamento deste ano deveria ser até R$ 600 milhões menor, entre R$ 4,8 bilhões e R$ 4,9 bilhões.


‘A gente pretende apresentar uma nova proposta sobre o formato das secretarias e, se for possível, encaminhar para a Câmara junto com a LOA. Nós não pretendemos nenhuma mudança radical no início da gestão que vá prejudicar o andamento das unidades escolares e de saúde’, disse Abilio na época.