Senador critica líderes que agem como donos de MT: “Meia dúzia decide quem será governador”
O senador Jayme Campos (União) afirmou nesta quinta-feira (11.12), durante a executiva estadual do Progressistas (PP) em Cuiabá, que um grupo restrito de lideranças políticas tenta “definir o destino de Mato Grosso” sem ouvir a população, criticando a forma como as articulações eleitorais para 2026 vêm sendo conduzidas.
Durante o evento, Jayme declarou que meia dúzia de dirigentes partidários tenta impor candidaturas ao Governo e ao Senado, ignorando a base e a participação popular.
“Estão formando cinco, seis pessoas para ir lá definir o destino do Mato Grosso. Dá a sensação de que nosso Estado virou um fazendão, uma S/A em que meia dúzia decide quem será governador, senador e tudo mais. Mato Grosso não é propriedade de ninguém”, afirmou.
O senador reforçou que sua pré-candidatura ao Governo do Estado será apresentada oficialmente dentro da Federação União Brasil–PP assim que o processo de formalização estiver concluído no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele disse que pedirá ao diretório regional que convoque reunião para discutir seu nome.
Jayme também rebateu especulações divulgadas por veículos de imprensa, classificando algumas publicações como intencionais.
“Minha pré-candidatura é humilde, mas baseada no povo do Mato Grosso. Ficam inventando bobagens, pagos por alguém. Não merecem resposta”, afirmou.
Com 42 anos de vida pública, ele disse que sua postura sempre foi oposta a acordos fechados. “Sou defensor intransigente de que qualquer combinação ou acordo tem que ser feito com a população mato-grossense, não entre quatro paredes.”
Questionado sobre críticas a outras lideranças, Jayme negou ter atacado o deputado Fábio Garcia e reforçou que não aceita imposições internas.
“Nunca fiz política assim. Não aceito ser levado como mercadoria. Tenho esse direito do povo”, disse.
O senador também voltou a defender que o União Brasil decida claramente se terá ou não candidatura própria ao Governo de Mato Grosso.
“Quero apenas saber: o União Brasil quer ter candidatura própria? Se for não, estou fora. Se for, sim, meu avião já está na pista para decolar”, concluiu.