O prefeito de Chapada dos Guimarães (66 km de Cuiabá), Osmar Froner (União), classificou como “denúncias levianas” as acusações que pedem a cassação de seu mandato e afirmou que o processo não tem sustentação jurídica. A declaração foi dada em entrevista à imprensa nesta terça-feira (16.12), durante a entrega de maquinários agrícolas ao município pelo ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. O posicionamento ocorre em meio a uma ação que tramita na Justiça Eleitoral e apura suposta compra de votos nas eleições municipais.
O pedido de cassação foi feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou um suposto esquema de compra de votos durante a campanha de 2024. A investigação traz à tona listas com mais de 100 famílias, movimentações financeiras irregulares, depoimentos e outros indícios de abuso de poder econômico, captação ilícita de sufrágio e outras práticas ilegais.
De acordo com o MPE, um ex-coordenador de campanha e outros envolvidos teriam realizado pagamentos em dinheiro para eleitores, com valores que chegaram a R$ 1.000 por família. A denúncia também destaca contratações irregulares, com a nomeação de aliados políticos para cargos públicos, o que, segundo o MPE, evidencia o uso de recursos públicos de forma inadequada para garantir a reeleição de Froner.
Froner, por sua vez, reagiu às acusações afirmando que a denúncia não tem fundamento e acusou a oposição de tentar desgastar sua imagem e gestão. “Eu recebo isso como prefeito de terceiro mandato. As eleições foram muito bem definidas, com 4.000 votos de diferença. Embora a lei eleitoral permita esse tipo de denúncia, muitas vezes ela é vazia e leviana. A justiça já determinou a nossa permanência”, disse Froner, ressaltando que a denúncia foi feita por uma pessoa com problemas pessoais e que depois voltou atrás.
Questionado sobre o possível movimento da oposição para derrubá-lo, Froner afirmou que esse é um comportamento típico de quem perde eleições. “A eleição é uma disputa, e quem perde, muitas vezes, tenta se manter na mídia e vivo politicamente. Acredito que ainda haverá recursos ao TRE, mas vamos manter a mesma defesa”, afirmou.
