Relembre outras vezes em que aviões da FAB tiveram problemas Presidente Lula relatou em entrevista hoje que enfrentou dificuldades com o avião antes de decolar de Belém na quinta-feira (2): "medo de que ele pegasse fogo"

Global News Space 03/10/2025 16:20

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta sexta-feira (3) que ele e sua equipe enfrentaram problemas com um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) na última quinta-feira (2), antes de decolar de Belém (PA) sentido Ilha de Marajó (PA).

"Eu fui pegar o avião para a Ilha de Marajó e teve um problema no motor do avião, um avião caro da FAB. Eu só tinha que agradecer a Deus porque deveria ter problema quando eu estivesse no ar e teve quando eu estava em terra. Nós tivemos que descer do avião com medo que ele pegasse fogo", disse Lula em entrevista à TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará.

A viagem seria feita em um C-105 Amazonas, e não no avião presidencial, o VC-1, modelo Airbus A319CJ.

Em nota, o Palácio do Planalto informou que o "problema técnico-operacional" foi identificado durante os procedimentos de acionamento dos motores. "Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O modelo utilizado foi um C-97 Brasília", acrescenta o comunicado.

Essa não é a primeira vez que um presidente tem problemas com uma aeronave em agendas oficiais. Relembre:

  • Lula no México (2024)

Em outubro de 2024, quando Lula voltava do México ao Brasil, o avião que o transportava sofreu uma falha técnica e precisou pousar, às 22h16 do mesmo dia em que decolou, no aeroporto de onde partiu.

"A aeronave presidencial VC-1 realizou o pouso em segurança", informou a Força Aérea Brasileira em nota na época.

Após o problema, como procedimento de segurança, a aeronave começou a voar em círculos, fazendo isso por aproximadamente cinco horas, com intuito de queimar o combustível antes de pousar.

Na ocasião, integravam a comitiva do presidente o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o economista Gabriel Galípolo (que naquela data não presidia ainda o Banco Central) e a primeira-dama, Rosângela da Silva.

  • Alckmin na Colômbia (2025) 

No mês de agosto deste ano, durante uma parada técnica para reabastecimento em Cali, na Colômbia, o avião que transportava o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB),e sua comitiva, apresentou falha em uma mangueira semi-hidráulica.

Mesmo que a aeronave pudesse seguir viagem, a FAB optou por enviar outro avião para Alckmin.

Todos ficaram bem e ninguém se machucou após o incidente.

  • Marco Maciel em Pequim (1999)

Em dezembro de 1999, o então vice-presidente da República Marco Maciel viajava para Pequim, na China, quando uma das quatro turbinas do avião em que voava pegou fogo.

Por isso, a aeronave foi forçada a fazer um pouso de emergência em Amsterdã, na Holanda.

"O incêndio provocou uma pane no sistema hidráulico da aeronave, levando a tripulação a ter de usar um sistema emergencial para acionar o trem de pouso. O piloto conseguiu pousar em meio a um grande aparato de socorro sem provocar maiores danos à aeronave. Ninguém saiu ferido, segundo os passageiros”, contou reportagem do jornal Folha de S.Paulo na época.

Brasil já teve seis aviões presidenciais

Ao longo dos últimos 83 anos, o governo federal já teve ao menos seis aeronaves modificadas pela FAB para atender aos presidentes e suas comitivas em compromissos internacionais e nacionais.

O modelo atual é o "Aerolula" — VC-1, um Airbus A319CJ — comprado em 2004. Com custo de R$ 500 milhões, a aeronave comporta até 45 passageiros e tem autonomia de 11 mil quilômetros.

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